![]() NDECIFRÁVEL AGONIA
Eis que estou a pensar nele Saudades... Infindas saudades Seu olhar perdido numa estranheza impenetrável Suas mãos quentes presas ao peito doído A dor estava presente na agudez do sofrimento Tenta-se combatê-la. Mas permanece escondida nos recantos do ser De novo a ruga na testa e o rosto encrespado denunciando desconforto Assistir a esses momentos paralisou meu olhar e congelaram meu ser! Perdida nos recantos da perda iminente, refugiava-me na fé que acalenta Ah! São tantos os sentimentos que afloram na circunstância adversa A alma sangrava e pedia perdão pela incapacidade de evitar a perda Quantas horas perdidas! Diálogos truncados, palavras não ditas Sufocada pela impotência mergulhava na escuridão da dor da ineficácia A substancia que anestesia a dor, penso que anestesiou a consciência Breves sussurros... Rápidos olhares e o arfar do peito cada vez mais lento Não esqueço os momentos tristes, as horas, os minutos e segundos da lenta partida Choro e as lágrimas encharcam minhas vestes cinzas de tristeza, nesse momento amargo Não sossego meu coração no pensamento racional, na razoabilidade da frase “o tempo cura” Somente Deus pode me dar paz e acalmar meu coração Saudades do meu amor eternizado no coração e na memória afetiva! Regina Barros Leal
Enviado por Regina Barros Leal em 05/12/2020
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